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sábado, 5 de junho de 2010

Maldita

M a l d i t a

Do conto “Faixa Branca Mulher de Zona”
de Ricardo Mota, um roteiro de José Sette


Seqüência 1 / Exterior / Cidade / Campo / Rio / Dia

Cidade que o rio corta, região onde o sol brilha forte, cercada por um mar de montanhas sinuosas e um único monolítico: a pedra do Escalvado.

TITULAGEM

Entra em cena Ricardo, “fantasiado” de guerrilheiro urbano, romântico de cuba, com boina e tudo – a sua maneira, como eu o conheci – o velho e anárquico camponês em busca do seu lugar ao sol.

Na contra luz da lida, com a Pedra do Escalvado ao fundo, ele diz ao vento:

Ricardo:
- América, América, América
Seu ventre gerando feras
Seus membros continuam lutando.
América de pesadelos e de Miraflores
Onde estão teus Prometeus infiéis
Onde estarão os fantasmas que te conduzem
Na trilha de Che, de Marti e Fidel?
América, América, América
O grito devorado pela boca do silêncio...

Câmera acompanha Ricardo saindo do ambiente rural e entrando no cenário da cidade.

Ricardo entra num boteco, perto da linha do trem e pede no balcão uma cerveja gelada. No canto, sentados em volta da mesa, dois homens: um violão, um pandeiro e uma mulher que canta um samba-canção...
Ricardo então fala para o dono da birosca:

Ricardo:
- Pontes e pedras, morros e pastos – um mar de montanhas envolvem a cidade onde o gado é o senhor... A monocultura e o latifúndio formam um estado onde o rei é condenado à morte e quem tem um olho fica cego. O que importa? ... É aqui que essa história passa, pois é aqui que ela mora...

O dono do boteco, limpando o balcão, faz cara de quem não está entendendo a conversa.

Ricardo continua falando, olhando agora para a cantora:
- Carne viva! Faixa branca... Mulher de Zona... Menina... Brasileira... Pobre... Perdida... Maldita.

Ricardo sai do bar.
Na rua, voltando-se para o bar, diz em voz alta, para todos ouvirem:
- Viva a vanguarda revolucionária! Viva a ressurreição da arte! Chega de hipocrisia!

Ricardo, andando agora no cais do Piranga, pára de frente à zona que fica do outro lado do cais. Refletindo, olhando à margem esquerda as pequenas casas suspensas e salvas das correntezas do rio, toma uma decisão.

Ricardo diz resoluto:
- Cansei de esperar por ela! Uma mulher presa atrás das grades! (mudando o tom da voz, mais carinhoso) - Uma menina-mulher... (voltando à dureza da voz, ressentido) - Uma puta!... A quem dei o meu amor... Maltrapilha, maltratada, que agora segura, com suas delicadas mãos, o grosso ferro da jaula e, quem sabe, o pau do delegado.


Seqüência 2 / Interior / Cadeia / Dia

A menina olha com tristeza a luz do sol irradiada pelas grades no alto da parede. Um homem sai da cela. O guarda tranca a cela com a chave.

Luzia:
- Atrás dessa parede existe uma porta
Que me leva à rua
Que não leva a nada
...
Ricardo!
É você quem me cobre
com seu corpo
E me arranha, me deseja
feito louco.

Que sussurra obscena
Que me mata
Que me invade, me alisa
E me maltrata...

A câmera se aproxima do rosto.

Luzia:
- Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza...(bis)


Seqüência 3 / Interior - Exterior / Barraco de trabalhador rural / Casa da Menina / Noite

Um carro vem pela estrada. É noite escura. Os faróis iluminam a casinha do trabalhador rural. Um homem de chapéu escuro sai do carro e bate na porta do barraco. O caboclo abre a porta com uma lamparina. Não se vê o rosto do forasteiro. O caboclo recebe uma pequena quantia de dinheiro e volta para dentro da casa. Retorna com Luzia, que passa a acompanhar, a mando do caboclo, o recém chegado. O caboclo vê os dois entrarem no sinistro carro, que parte em disparada com os seus potentes faróis a iluminar a estrada de terra.


Seqüência 4 / Exterior - Interior / Casa da Zona / Noite

O sinistro carro pára em uma vila que fica entre a linha do trem e o rio.
Na casa, de porta e janela, o movimento de entra e sai é grande.
Sala cheia de mulheres. O homem de chapéu chega com Luzia e entra para um dos quartos. As mulheres comentam entre si o acontecido.

Mulher 1:
– Ele disse que trazia a menina e trouxe mesmo!

Mulher 2:
– Eles venderam a menina? É uma vergonha pra família dessa pobre moça...

Mulher 1:
– Onde já se viu tamanha sacanagem?

Mulher 2:
- E o cara de pau ainda se dá o direito de deflorar a menor... Não é demais?

No quarto, o homem de chapéu escuro acaricia Luzia e começa a tirar a sua roupa. A menina, sem mostrar nenhuma reação, olha para os objetos que compõem o cenário – uma velha e surrada cama de casal, um sagrado coração na parede, uma escrivaninha de metal, enferrujada, onde o cafetão coloca o seu revólver e seus pertences antes de tirar a roupa de Luzia.


Seqüência 5 / Exterior / Bairro da zona / Dia

Ricardo passeia pela linha do trem que corta as casinhas onde as mulheres se oferecem a todos que ali passam.

Ricardo se aproxima de senhora mais velha, sua conhecida, e dz:
- Como vai Maria?

Maria, acabada, desdentada mais simpática, lhe responde:
- Vou bem meu filho, ainda estou viva e pronta para lhe fazer feliz... Ricardo, o que te traz aqui?

Ricardo:
- Estou de passagem Maria, lembrando-me do passado...

Maria:
- O seu passado não está mais aqui, meu filho...

Ricardo:
- Eu sei...

Maria:
- Você sabe onde Luzia está?

Ricardo:
- Faixa Branca?

Maria:
- Está em cana!

Ricardo:
- Eu já sabia...

Maria:
- Ela não é mais aquela menina que você conheceu aqui...

Ricardo:
- Era muito bonita. Uma mis. Dezessete aninhos, dentes brancos, pernas roliças, gostosas. E lábios carnudos. Sorriso franco e calmo nas decisões...

As imagens passam a exibir cenas de Luzia tomando um banho na cachoeira.

Maria:
- Aquilo não podia ter acontecido com ela...


Seqüência 6 / Exterior / Rua deserta da cidade / Noite

Silêncio. A cidade dorme. Barulhos de passos vindos. Primeiro as sombras dobram a esquina, depois surgem Ricardo e Luzia de laço cor laranja prendendo o cabelo.

Luzia:
- Chega Ricardo! Vou deixar esta vida... Quero ser mais livre.

Ricardo:
- Pra que ser livre? Não bastam a família, a escola, os discos de Roberto Carlos e suas calças desbotadas?... O que mais você quer...

Luzia:
- Quero namorar, conhecer o mundo, cair na vida...

Ricardo:
- Eu me caso com você...

Luzia:
- Deus me livre! Não nasci para casar Ricardo... Gosto de você, mas não me caso com ninguém, não confio em homem nenhum... Você se lembra de minha gravidez?

Ricardo:
- Claro! Por que não se acostumou com as pílulas? Com os tampões e outros meios que a mulher tem para evitar... Não! Preferiu um aborto no alto do morro...

Luzia:
- Não quero ser igual a todas elas – namoradinho, cinema, pipoca, circo, sorvete e os domingos no parque passeando de mãos dadas...

Ricardo:
- Então o que você quer?

Luzia:
- Quero ser mulher. Gozar. Levar no rabo. Gostou?...

Ricardo vira a mão na cara da menina e sai solitário pela rua deserta.
Um grito ensangüentado tirou a paz de um sono reparador.


Seqüência 7 / Interior / Quarto de um hotel de quinta / Amanhecer

Ricardo acorda assustado na cama desarrumada por uma noite de pesadelos.
Levanta, lava o rosto cansado, vai a janela e olha o rio e o movimento lento da rua.


Seqüência 8 / Interior / Cadeia / Anoitecer

O delegado entra na cela onde está Luzia. Vê-se o rosto assustado da menina, o sorriso cínico do delegado e o carcereiro trancando a cela.


Seqüência 9 / Interior / Casa da Zona / Noite

As mulheres continuam sentadas na sala à espera da freguesia.

Mulher 1:
- É incríveis, ele está muito tempo com ela...

Mulher 2:
- Será que ele gostou?

Mulher 1:
- Ele não passa de um aproveitador de mão-cheia. Não gosta de nada!

Entra pela porta Ricardo, outro figurino, cabelo longo, mais jovem, procura uma mulher especial entre todas que ali estão.


Seqüência 10 / Exterior / Praça da Cidade / Dia

Luzia encontra com uma amiga na praça.

Luzia:
- Suzana! Nós não vamos ficar parada... Vamos dar umas voltas aqui na praça... Eu acho que estou sendo seguida...

Suzana:
- O que aconteceu agora?

Luzia:
- Não posso mais ficar aqui... Tenho que ir para outra cidade.

Suzana:
- Ta tudo bem! Tem casa e amante a sua disposição...
Ah! Se pudesse, me deixaria ficar com você, eu faria você feliz...

Luzia:
- Suzana! Eu estou grávida!

Suzana:
- Você é ainda uma criança...

Luzia:
- Agora não sou mais...

Suzana:
- Tira o bicho fora. Conheço uma parteira lá no alto do morro... Três dias de dor lancinante e a partida para novas sacanagens...

Luzia:
- Então vamos! Suzana eu depois posso ficar na sua casa?

Suzana:
- E o Ricardo?

Luzia:
- Ele não sabe... Acabou tudo!


Seqüência 11 / Interior / Cadeia / Amanhecendo

O carcereiro, que era crente, sempre com uma bíblia na mão, entra na cela onde Luzia dorme e joga nela uma balde de água. Ela, como se estivesse acostumada, simplesmente levanta-se do chão duro de cimento e encara o guarda. O guarda, covarde, se afasta para trás das grades...

A Luzia:
- Seu carola moralista, que Deus é esse que cria pessoas como você... Não vai ser à noite mal dormida nesse cimento frio e as minhas roupas rasgadas, molhadas, que me farão ajoelhar aos seus pés, pois era isso que você queria, não? Isso é o que você mais deseja?Eu te conheço... Preste atenção, seu verme: Já estou ficando melhor... Meus seios estão crescidos e mais fortes... São bonitos, não?Vem até aqui pegar neles... Vem benzinho!

Os presos estão em alvoroço. Todos gritam em um verdadeiro hospício. Entra no corredor da cela o delegado. Silêncio. Vestindo um uniforme escuro, fascista, ele pára em frente da cela onde está Luzia. Ela assustada se esconde num canto da cela. O carcereiro abre a cela. O delegado entra e se aproxima de Luzia. Num gesto obsceno, abre a braguilha da calça.


Seqüência 12 / Interior / Casa de Suzana / Entardecer

Suzana está na cozinha e prepara um café. Saindo de um quarto, vem Luzia andando com dificuldade, aproximando-se de Suzana.

Suzana:
- O que você ta fazendo fora da cama menina?

Luzia:
- Já estou me sentindo melhor... Suzana...

Suzana:
- O que foi lindinha?

Luzia:
- Você já imaginou ser vendida pelo seu pai?

Suzana:
- Eu tive que sair de casa debaixo de tapas e pontapés...

Luzia:
- Que vida maldita...

Suzana:
- Vida bandida!

Luzia:
- Estou pensando de como era bom pegar no pau do Ricardo... Ele era bem dotado e eu acreditava nele...

Suzana:
- Besta tu, que ainda acredita nele...

Luzia:
- As noites, até mais tarde...

As imagens passam a acompanhar a narração de Luzia.

Luzia, of:
-... Só pensávamos em sexo... E depois a bufação no pescoço, as mãos deslizando descaradamente nas pernas, coxas, peitos, gostava de pegar no seu saco encolhido, teso, e alisar aquele membro monumental com a minha boca úmida de prazer. Ele gritava...

Suzana:
- Um grito insano de um gozo prematuro.

Luzia:
- Um dia ele resolveu comer o meu rabo... Foi uma loucura – ele apertava a minha bunda e cuspia muito no meu rego, tirou o pau duro e ... Uma penetração violenta. Eu agüentei heroicamente o sangue descendo perna abaixo...

Suzana:
- Essa história, está me deixando assustada e também excitada.

Suzana se aproxima de Luzia e começam a lhe acariciar. Luzia se afasta para continuar falando.

Luzia:
- Cinco mil moedas para tirar o meu cabaço. Vale dinheiro isso?

Suzana:
- Deixa eu te levar de volta para a cama. Você precisa descansar... Perdeu muito sangue.

Luzia: - Você quer é outra coisa que eu sei... Esses dedinhos elétricos...


Seqüência 13 / Interior / cadeia / Dia

Luzia está deitada no chão frio. O carcereiro abre a porta. Luzia num salto põem-se de pé em frente do magrelo e tarado carola. Ele se afasta assustado, sai da cela e fecha a grade.

Luzia:
- Por favor, seu carola, não me jogue água fria... Hoje, não! Por favor!

Carcereiro:
- Faço isso para o seu bem, você está cheirando a mijo... A água te limpa, ainda mais neste calor...

Luzia:
- Me deixa então tomar um banho direito, de chuveiro, posso lhe pagar muito bem, você sabe...

Carcereiro, agora obsceno, segurando no pau ereto:
- O que sei, é que eu não estou aqui para perder o meu documento com você.


Seqüência 14 / Exterior / Porta do Hotel Beira Rio / Dia

Ricardo sai do hotel e caminha em direção do rio. Atravessa a ponte e chega na estação do trem. Toma um café no boteco. Sai na direção da Zona. No caminho encontra com Maria.

Maria:
- Ricardo, foi bom te encontrar, você tem notícias de Luzia? Coitadinha, se ninguém fizer nada ela não vai suportar tanta tortura, vai morrer na certa na mão daquele facínora... Você já a salvou uma vez...

Ricardo:
- Eu não posso fazer nada Maria...

Ricardo deixa Maria e volto para o hotel, no caminho passa pela casa de porta e janela onde tantas lembranças lhe fazem chorar.


Seqüência 15 / Interior / Cadeia / Dia

Carcereiro:
- Diga-me Luzia, por que esse apelido de Faixa Branca?

Luzia:
- Meu apelido? Uma bela história... Conto se você me levar para tomar um banho.

Carcereiro, com o olhar de desejo para Luzia:
- Se a sua história me excitar e faço sua vontade.

Luzia:
- Ta vendo esta marca aqui no meu peito?

Carcereiro:
- Sim. To vendo.

Luzia:
- Pois é, numa noite de muita loucura, saímos eu e uma amiga chamada Suzana, a idéia era arrumar uns trouxas pra pagar nossa comida...


Seqüência 16 / Exterior / Casa de Suzana / Noite

Os lábios venenosos de Suzana convidam para uma nova aventura. As duas saem para a rua.

Luzia, narrando:
-... Encontramos, depois de um tempo, dois tipos com caras de monstros, pareciam duas bestas-feras. Ficamos com medo, tentamos cair fora. Mas eles nos cercaram.

Monstro 1:
- Onde é que as belezinhas pensam que vão?

Suzana:
- Estamos indo para casa...

Monstro 1:
- Que casa coisa nenhuma, vocês moram é na Zona...

Monstro 2:
- Vamos levar elas lá pra casa... Ta legal?

Luzia:
- Não! Nós não queremos...

Monstro 1:
- Não querem? Não digam.

Monstro 2:
- Mas nós vamos levar elas assim mesmo, não é Adolfo?

Monstro 1:
- Não fale o meu nome seu imbecil.

Monstro 2:
- Saiu sem querer irmão...

Suzana:
- Adolfo? Mas você não é o filho de...

Monstro 1:
- Cale essa boca, sua puta!


Seqüência 17 / Exterior – Interior / Casa de classe média / Noite

Os quatros chegam na casa e as duas são empurradas para dentro. Já na sala um dos Monstros grita histérico.

Monstro 2:
- Vamos logo tirando a roupa suas putas que eu quero dar uma fodida nas duas...

Monstro 1:
- Não, esperem. Fiquem de calcinhas. Sou tarado com calcinhas.

Monstro 2:
- Não! Melhor, vou buscar uma tanguinha vermelha de minha irmã
e, - apontando para Luzia - você vai vesti-la...

Luzia, narrando:
- Eu me achei ridícula naquela tanga, mas ele gostou, e precisava agradá-lo se não quisesse morrer... Ai ele começou a me lamber. A língua parecia uma esponja áspera e me dava náusea. A língua do Monstro escorria, babando o meu corpo todo e eu com vontade de vomitar...

Monstro 2:
- Ta gostando, hein, sua vaca?

Luzia, narrando:
- Quando sua língua penetrou vagina adentro, comecei, sem querer, a acariciar o seu cabelo, suas costas e quando ele me penetrou senti uma sensação gostosa e quase desmaiei... Parecia um demônio enfurecido, deu-me uma mordida com tanta força no meu peito que quase cortou o meu mamilo... E o babaca, com o grito que dei, gozou...

Ricardo, de surpresa, entra na casa e mata os dois Monstros com dois tiros. Os três saem correndo, as duas ainda nuas, pela rua escura.


Seqüência 18 / Interior / Cadeia / Noite

Carcereiro:
- Foi ai que você matou os dois?

Luzia:
- Eu não matei ninguém, só fiquei com a faixa branca no seio... E agora eu podia tomar um banho, você me prometeu.

Carcereiro:
- Pode, mas eu vou ter que ficar do seu lado...

De repente entra no corredor das celas o delegado. O Carcereiro muda de fisionomia e abre a grade para ele entrar na cela. Ele entra e coloca o chapéu escuro na cabeça. Luzia olha para o chapéu e desmaia. Ele abre a braguilha e passa a urinar no corpo de Luzia.
Detalhe da braguilha, o membro não fica para fora, mas um jato de urina sai por dentro do buraco da calça.


Seqüência 19 / Interior / Casa da Zona / Noite

Na sala as mulheres continuam a conversar quando um grito terrível se ouve no quarto onde estava a Menina e o Homem de chapéu escuro.
A porta se abre com violência e o homem com a mão segurando o sexo ensangüentado sai correndo em direção à porta de saída. Na porta do quarto está agora a menina Luzia. Nas mãos sujas de sangue está a navalha.
Ricardo, num repente, levanta-se do lado da mulher que havia escolhido, pega Luzia pela mão e, gritando para ela correr, puxa ela para fora da casa.


Seqüência 20 / Interior - Exterior / Cadeia / Dia

O delegado pede para o carcereiro jogar o balde de água fria na menina - é para ela acordar. Hoje é o dia de levar ela para um passeio sem volta. A menina toma banho, come um prato de comida e coloca uma roupa nova, uma roupa branca, uma mortalha. Ela, pressentindo o seu destino, tenta fugir, mas é segura pelo delegado que a carrega pelo braço até o carro sinistro.
Neste momento aparece Ricardo, que saca de uma arma e sai atirando para cima do delegado, do carro da polícia, de tudo na sua frente e atira até a última bala.

FIM


PLANO DE PRODUÇÃO
Inconfilmes

ATORES & EXTRAS

01 - Ricardo (novo e um pouco mais velho).
02 - Luzia (nova e um pouco mais velha).
03 - Delegado.
04 - Carcereiro.
05 - Suzana.
06 - Dono da birosca.
07 - O caboclo.
08 - Monstro 1.
09 - Monstro 2.
10 - Mulher 1.
11 - Mulher 2.
12 - Maria, acabada, desdentada.
13 - Sala cheia de mulheres.
14 - Um conjunto de música – 2 homens e uma mulher - um violão, um
pandeiro e uma mulher que canta.
15 - População carcerária.

LOCAÇÕES

01 - Cidade / Campo / Rio
02 - A pedra do Escalvado.
03 - Boteco, perto da linha do trem
04 - Cais do Piranga
05 - Casinha do trabalhador rural
06 - Cadeia
07 - Casa da Zona / casa de porta e janela
08 - Bairro da zona
09 - Cachoeira.
10 - Rua deserta da cidade
11 - Quarto de um hotel
12 - Praça da Cidade
13 - Casa de Suzana
14 - Casa de classe média

TITULAGEM

Computação Gráfica

FIGURINOS

1 - Ricardo “fantasiado” de guerrilheiro urbano.
2 - Ricardo, outro figurino, cabelo longo, mais jovem.
3 – Luzia.
4 - Suzana.
5 - Delegado uniforme escuro, nazista – chapéu escuro.

OBJETOS DE CENA

1 - Um carro sinistro.
2 - Lamparina.
3 - Uma velha e surrada cama de casal, um sagrado coração na parede, uma escrivaninha de metal, enferrujada, navalha e pertences.

EFEITOS ESPECIAIS

1 - Os presos estão em alvoroço. Todos gritam, verdadeiro hospício.
2 - O homem com a mão segurando o sexo ensangüentado.
3 - Nas mãos de Luzia, sujas de sangue, está a navalha.
4 - Ricardo, que saca de uma arma, sai atirando para cima do delegado.


PRODUÇÃO

10 DIAS

Equipe:

1 - Direção Geral.
2 - Direção de Fotografia / Iluminação / Câmera.
3 - Assistente e Técnico de Som.
4 - Assistente Geral.
5 - Atores e figurantes

Equipamento:

1 - Câmera digital Mdv / tripé e carrinho.
2 - Equipamento de Luz.
3 - Gravador Nagra.

Material Sensível:

1 - 10 fitas MDV Sony Eccelence.
2 - 1 Fita Beta.
3 - 20 CDR – Som.
4 - 10 DVD – Imagem.
5 - Rolo de som NAGRA (música playblack).

Produção:

1 - Direção de Produção.
2 - Assistente – contra-regra.
3 - Alimentação – Almoço, jantar e lanche para toda a equipe.
4 - Transporte para toda equipe.
5 - Hospedagem para equipe de fora.

Finalização:

1 - Ilha de Edição Final Cut – 20 períodos.
2 - Estúdio de Som – Edição de Som – 10 períodos.
3 - Cópia Final. – DVD, VHS, BETA.

Juiz de Fora, 28 de janeiro de 2005 – José Sette

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